13 de jul. de 2012

Fita Vermelha

" O amor, entrelaçado por encantamentos desconhecidos pela razão, pode ser assustador e sombrio. Muitas pessoas acham que ele é o melhor sentimento do mundo, mas o amor mata!" 

 A lua cheia brilhava no céu intensamente. Duas pessoas corriam em direção ao mar, brincando de amar numa noite quente e bela, corriam como crianças buscando o seu primoroso tempo de diversão, e quando eles passaram pelo portão da mansão Rosa Dourada uma pessoa vestida de preto espiava nas trevas.
  Agora o casal estava de mãos dadas, e num milésimo de segundo a fita vermelha se desprendeu, com o forte vento, do cabelo de Suzana e repousou silenciosamente e lentamente a alguns metros da pessoa que se escondia nas sombras.
  Suzana nem percebeu a queda de sua fita. Continuou caminhando de mãos dadas com Frederico, o casal iluminado pelas estrelas sorria para o mundo. Eles se desequilibraram e Suzana caiu em cima de Frederico, os dois com os rostos colados, com a boca a centímetros uma da outra, com os olhos atentos a qualquer movimento. Até que o desejo proibido era tão imenso que o beijo não demorou muito para acontecer, a pessoa nas sombras chorou nesse momento, a dor era tão profunda que aos poucos ele foi se encaminhando para o local onde a fita repousava no chão, abaixou-se e pegou a linda fita vermelha.
  Amassou-a com um ódio devastador, começou a sentir muito calor em sua mão e soltou-a imediatamente no chão, para sua grande surpresa ela pegava fogo, o vermelho começava a ser consumido pela chama, que ardia todo aquele fervoroso sentimento. Aquela paixão avassaladora destruída pelo tempo ainda pulsava fortemente em seu peito e Deric descobriu que o tempo é infinito e sentimentos podem ser adormecidos por milênios.
  Enquanto isso, próximo ao mar o casal terminava de se beijar. O sorriso de Frederico relampejava de felicidade, seus olhos verdes e seus cabelos negros eram uma combinação perfeita para a apreciação de beleza de Suzana.
   -Fico olhando o seu sorriso e consigo vislumbrar a perfeição- disse ela, passando a mão pelos seus lábios, sentindo cada parte do seu rosto com o calor nas pontas dos dedos- Tive muita sorte de encontrar um homem como você. Fico pensando quantas mulheres no mundo são infelizes com os seus namorados, e você consegue me preencher de uma maneira tão excepcional que eu me pergunto se realmente mereço estar ao lado de uma pessoa tão maravilhosa.
   Frederico não respondeu com palavras e sim com atitude. Ele selou seus lábios com o dela de uma maneira profunda e apaixonante. Levantou-se rapidamente e pegou Suzana no colo, o vestido dela se debatia incessantemente com o forte vento. Correndo, correndo, Frederico logo alcançou o mar e ele a largou de uma maneira educada e ela ficou com os seus braços entrelaçados envolta do pescoço daquele jovem de corpo esbelto e sedutor.
   Em frente ao portão Rosa Dourada, Deric vislumbrava a fite vermelha se transformar em cinzas, todo aquele amor, todos aqueles beijos, todas aquelas palavras de carinho, todos aqueles sonhos, todos aqueles planejamentos afundados por oceanos profundos de um mistério incompreensível.
   As recordações vieram nitidamente na sua mente.
   -Você promete me amar para sempre?-perguntou Deric com os seus cabelos despenteados pelo despertar.
  -Claro que sim. Desde a infância sou apaixonada por você- respondeu Suzana.
  - Quero acordar toda a manhã ao seu lado meu amor. Quero estar juntinho com você por toda a eternidade.
  Ele tirou da gaveta uma caixa prateada e entregou para Suzana.
  Ela abriu com ansiedade e apreciou a bela fita vermelha ao fundo.
  Nesse exato momento seus olhos voltaram para o presente e não havia mais nenhum olhar admirador para a fita, somente uma tristeza absoluta voltada para o amor sombrio.
  Com passos lentos Deric percorreu o caminho de pedra, sua alma vendida pelas profundezas, seus demônios acordados por sua mente, seu amor negro pulsava por suas veias. As sombras o perseguiam até a recepção, onde ele encontrou um segurança que o indagou:
  -O que o senhor esta fazendo aqui? Essa é uma área restrita para os funcionários.
  -Eu fui contratado ontem para a vaga de jardineiro.
  -Qual é seu nome?
  - Deric Lahn.
  O segurança conversou com alguém pelo rádio por alguns minutos, depois se dirigiu para Deric e disse:
  -Venha, vou te levar para os seus aposentos.
  Sorrindo, ele pensava no rodamoinho de inconseqüências.
  Suzana, meu amor. Vou te preparar uma grande surpresa. Prometo que vou te ajudar.
  Na cozinha da mansão Rosa Dourada uma empregada rasgava uma página do calendário, anunciando o início do próximo mês.
  
  O primeiro dia de trabalho na Mansão Rosa Dourada tinha sido árduo, parecia que aquele jardim estava abandonado, as flores sem pétalas, sem brilho, secas e algumas mortas pelo lindo gramado.
  A casa do jardineiro ficava próxima a quadra de tênis. Enquanto podava as árvores, Deric observou Frederico e um rapaz de mais ou menos vinte e poucos anos, com faixa de tenista, alto, cabelos pretos e olhos castanho claro jogando uma partida com muita energia e garra. Os gritos do rapaz misterioso mostravam que ele só jogava para vencer. Frederico já mostrava mais sutileza em seus golpes, sua técnica era muito mais avançada e por isso ele praticava menos esforço. Porém habilidade e esforço pareciam estar empatados.
  Como eu gostaria de estar jogando, pensou Deric. Desde os oito anos ele jogava tênis, chegou até a viajar para alguns torneios importantes na infância. Porém deixou tudo para ficar junto com a sua família. E quando ele pensou que havia montado uma...
  Estou aqui por causa de você Suzana, eu te amei mais do que tudo nessa vida. E agora eu vou cobrir os seus erros, te ensinar uma lição eterna.
  Perdido em seus pensamentos, Deric nem percebeu a presença de Frederico e do estranho rapaz andando pelo caminho de pedra, muito próximos da sua presença. Até que Frederico acenou com a mão e falou:
   - Bom dia! Parabéns pelo trabalho. Já posso notar uma mudança nesse jardim- disse ele sorrindo- Gostaria da sua presença daqui a pouco na biblioteca, queria acertar alguns detalhes do serviço com você.
   Deric curvou a cabeça e obediente respondeu:
   - Como quiser senhor. Quando solicitado estarei lá.
   Os dois rapazes continuaram seu caminho até o início da mansão e Deric escutou o rapaz dizer para Frederico de que seu vocabulário era muito refinado para um simples jardineiro.
   Droga. Se eu continuar assim meu plano vai cair por água abaixo. Preciso me concentrar no meu papel de jardineiro. Lembro das atividades que minha avó fazia na minha infância. Agora tenho que colocar tudo em prática! Não sou mais aquele rapaz rico.
   
   Sua beleza era o único resquício da sua vida de riqueza, contudo Deric naquela manhã sujou todo o seu rosto de terra, atenuando a sua beleza e demonstrando que a jardinagem era realmente a sua profissão.
   Assim que o chefe dos seguranças, Marcos, avisou de que o senhor Frederico o esperava na biblioteca, Deric foi ao encontro do seu principal rival.
   Frederico era um cavalheiro, usava um terno negro sofisticado e logo que o novo jardineiro apareceu, ele fez questão de se levantar e apertar a mão do novo empregado.
   Você esta segurando as mãos que vão tirar a sua vida, pensou Deric, sentindo aquela mão pulsando calor e pensando que esse seria um de seus últimos movimentos.
   Os dois conversaram por alguns minutos sobre o salário, as atividades, os procedimentos do serviço e depois se despediram e Deric voltou as suas obrigações. Porém, quando chegava perto da porta para o jardim, na sala oposta ele vislumbrou Suzana penteando o lindo cabelo, ele começou a se aproximar, queria beijá-la, queria sentir o perfume do seu cabelo, o calor de seus lábios, o coração pulsando... Contudo, ele foi detido por uma voz masculina ás suas costas.
  -O que o senhor esta fazendo aqui? Não deveria estar no jardim? – Quando ele se virou ficou cara a cara com o homem que jogava tênis com Frederico pela manhã. Os dois ficaram se encarando por alguns segundos. O poder nos olhos daquele cara eram amedrontadores, a sua ambição respingava pelo seu olhar. Deric sentia uma imensa vontade de largar tudo o que ele tinha planejado para ficar com Suzana.
  Agora é tarde demais, ela não vai me querer.
  Deric foi o primeiro a desviar o olhar, e derrotado se dirigiu para a casa do jardineiro. Lá ficou ascendendo e apagando um isqueiro sem parar. Nas chamas via a vida. O calor destruía, consumia. O inferno agora parecia muito mais acolhedor, cheio de almas implorando pela vida. O fogo iluminava a escuridão. Olhando para a janela ele podia observar que a noite se aproximava, junto com o seu plano, junto com a sua vida. Uma nova vida, pensou ele.
   Quando a lua cheia apareceu no céu, Deric foi ao jardim e lá encontrou a sua amada, Suzana com um vestido vermelho ficava olhando para os dois lados procurando alguém. Deric veio por trás dela e repousou a sua mão em seu ombro.
   Suzana foi se virando, como nos filmes, em câmera lenta. Procurando o seu grande amor, a pessoa pela qual tinha se apaixonado. Seus olhos se esbugalharam com a visão de Deric, ela sentiu o terror, tentou se desvencilhar. Queria gritar, mas Deric tapou a sua boca com a mão.
   -Se você gritar, eu te mato- agora ele podia sentir aquele perfume, e a vontade de uma nova chance com ela. As lembranças voltaram a se juntar com o presente.
  -Eu não quero mais você, Deric. Eu te odeio- disse ela com o olho roxo- Você é louco! Seu amor é doentio. Eu não agüento mais essa desconfiança. Você vai acabar me matando.
 Assustado e sem saber o que fazer, ele a ameaçou.
 - Se você fugir de mim eu vou até o inferno te buscar- apontando o dedo para a cara dela- E não vai ser só um olho roxo que eu vou deixar marcado na sua cara, mas sim um tiro na sua testa.
 Corajosa, ela se levantou e começou a bater no peito dele com toda a sua força.
 -Seu desgraçado! Seu imbecil! Que tipo de monstro você é?
 Ela começou a chorar.
 -Desculpa, desculpa. Eu não quis te dizer isso, você me deixou louco. Eu te amo mais que tudo nessa vida, por isso que eu fiz isso. Não consigo pensar na menor hipótese de te perder, você é tudo na minha vida. Sem você não sei viver, sem você o sol não é o mesmo, o dia não é o mesmo, minha alma não é a mesma. Preciso do seu calor, preciso da sua presença. Será que você não pode me entender?
  De repente ela parou de chorar, passou os seus dedos pelos lábios de Deric e disse:
  -Eu vou te perdoar. Mas só dessa vez querido. Uma última chance.
  Última chance.
  Última chance.
  Última chance.
  Essas palavras ecoaram em sua mente.
  De volta ao presente, ele perguntou:
  -Eu acreditei nas suas palavras. Porque você não cumpriu com as suas? No dia seguinte não havia mais ninguém para partilhar a cama comigo. Fiquei sozinho. Desesperado. Chorando igual uma criança. Você me traiu com esse cara, eu sei que sim, e agora os dois irão morrer.
   Suzana colocou a mão para tirar a de Deric de cima da sua boca e como ele cedeu, beijou a sua boca por alguns minutos, um beijo quente e apaixonante. Deric se sentiu nas nuvens, seu coração começou a bater mais rápido. Parecia que estava flutuando por ventos desconhecidos, mergulhando por cavernas encantadas.
  Quando os lábios deixaram de se tocar, Suzana falou bem baixinho:
  -Eu... Te... Amo.
  Ele a abraçou fortemente e começou a chorar.
  -Porque você fez isso comigo? Senti tanto a sua falta. Você nem imagina.
  -Quando eu recebi a sua carta marcando o nosso encontro eu vim correndo, você não percebeu?
  -Claro que percebi. Venha. Dance comigo.
  Os corpos dos dois ficaram colados e em sintonia. A lua cheia iluminava o casal, com passos lentos eles deslizavam pela grama. Uma alma com dois corpos. Envolvidos pela noite fria. Eles se juntavam mais ainda para se aquecer.
   Suzana disse em voz baixa:
   - Como está frio aqui fora. Não é melhor nós entrarmos?
   -Não precisa se preocupar com isso, querida. Logo você estará bem quentinha.
   -Vamos pra casa?
   -Sim. Vai ser tudo igual como era antes. Lembra de como nós éramos felizes?
   - Claro que lembro meu amor- disse ela tentando parecer completamente apaixonada por ele. Não vejo á hora de conseguir fugir desse psicopata. Não acredito que foi ele quem mandou a carta, pensou ela cheia de desespero.
   Ele continuou a dança, com passos lentos, cada vez que ele encostava-se ao corpo de sua amada, uma ardência enchia o seu peito de carinho. Poderia ficar por toda a eternidade ali, que não seria nenhum castigo.
   - Estou com frio, por favor, vamos para dentro. Eu pego as minhas coisas e nós vamos para casa.
   - Só diga que me ama. Aí nós entramos, pegamos as suas coisas e finalmente voltaremos ao nosso lar. Ter nossos filhos e com o nosso amor conquistaremos o mundo.
  Ela sorriu. Sabia que agora estava em vantagem, depois que os dois entrassem, ela iria acordar Henrique e ele a salvaria de toda aquela mentira. Ele sim era o seu grande amor. Estava cansada de todas aquelas mentiras. Agora queria viver um amor sincero por toda a eternidade, e isso só poderia acontecer com o doce e acolhedor Henrique.
  Quando ela abriu os lábios para pronunciar “eu te amo”, a sua voz não saiu, o que saiu foi sangue pela sua boca, ela sentiu um golpe afiado em suas costas, rasgando a sua pele, indo cada vez mais fundo. Um, dois, três golpes. Um mais intenso do que o outro. O seu corpo foi aos poucos caindo sobre o corpo de Deric, os olhos dela sem visão, derrotados pela busca incessante de um amor que a pudesse preencher.
  Deric largou o corpo dela no gramado, ascendeu o isqueiro e queimou os cabelos dela primeiro. Aquela chama começou a se alastrar por todo o corpo.
  A fita vermelha começava a se contorcer, temendo as chamas. O fogo começava a beijar cada parte do corpo de Suzana que com o beijo mortal trazia cinzas a vida. E agora Deric sabia que ela não estava mais com frio.
   Ele começou a correr para a mansão Rosa Dourada, ao fundo ele ainda podia perceber o fogo crescendo e se alastrando por todo o jardim.
   Ela está viva! De alguma forma querendo avisar a Frederico. Tentando ajudá-lo a escapar, mas ninguém vai conseguir impedir a minha missão. Descanse em paz com o fogo tomando conta do seu ser minha eterna amada, Vista as chamas no seu belo corpo, atravesse o mundo do amor, encantado por fronteiras além do entendimento humano.
  Deric pensou ter ouvido algum grito de dor vindo do fogo antes de chegar á mansão. Lá ele encontrou Henrique, o rapaz que jogava tênis com Frederico pela manhã, que disse:
  -Ele esta lá em cima. Espero-te aqui fora com a recompensa, seja rápido.
  Com o punhal em mãos, que estava sujo com o sangue de Suzana, ele começou a subir as escadas para exterminar Frederico.
  Só que antes ele começou a lembrar da sorte de ter encontrado Henrique.
   -O que você estava fazendo nas imediações da mansão? Sabe o que fazemos com ladrões como você?- e seu capanga socou o olho de Deric.
  -Eu só queria minha esposa de volta.
  Henrique tinha ficado muito interessado com a sua história naquele momento, e depois de ajudá-lo a se libertar do amor que sentia por Suzana falando que o melhor que ele tinha que fazer era matá-la e depois ele teria uma nova vida, já que se Suzana não fosse sua ela não seria de mais ninguém e ele podia viver com qualquer outra mulher na polinésia francesa, com uma nova identidade, uma nova solução para os seus problemas, um novo paraíso, uma nova vida.
   -Eu vou escrever um bilhete pra ela te encontrar hoje á noite. É a sua última oportunidade de terminar com essa história- disse Henrique.
  Aos poucos ele foi se aproximando do quarto de Frederico. Ele estava deitado na cama. Pela janela Deric podia ver as chamas, sua amada estava em fúria, tentando alertar Frederico de sua possível morte.
  É tarde demais Suzana. Seu sangue vai se encontrar com o dele em poucos segundos, a suas chamas vão se juntar com o corpo dele em algumas horas, e finalmente os dois estarão juntos com suas almas queimadas por um amor sombrio.
   O seu punhal ganhou altura para o golpe final. A sua lâmina estava iluminada pelo fogo que se alastrava lá fora.
   Frederico nem sabia que estava muito próximo da morte.
   E a mão que segurava o punhal desceu com toda a sua força pelo corpo de Frederico. Uma, duas, três vezes. Até Deric perceber que alguma coisa estava errada, e quando ele tirou o cobertor da frente, uma fileira de travesseiros cortados apareceu na sua frente.
   Ele começou a correr, correr. Quando chegou ao alto da escada, metade dela já estava em chamas, não tinha mais escapatória. Ele podia ver o rosto de Suzana encapuzado pelo fogo, buscando a sua alma, cheio de um ódio, de uma ira, de uma alma aprisionada eternamente pela dor, vindo ao seu encontro.
   Deric percebeu que a única coisa que ela queria era mais uma dança, podia escutar o seu choro, e determinado a realizar o desejo da sua amada, ele a pegou pelos braços e os dois dançaram coladinhos, como naquela noite no jardim, mas dessa vez não havia nenhuma lua para iluminar o desejo que um nutria pelo outro, apenas a luz da morte oferecendo o seu beijo quente aos dois. Deric sentiu seu corpo agonizando pelo calor, queria gritar, não suportava mais dançar com Suzana.
   -Calma, amor, é só uma dança- ouviu-a dizer.
   Não havia mais nada para responder, nem os gritos entalados na sua garganta conseguiam sair, sua pele virava cinzas. Ela não disse “eu te amo’ pensou, antes de embarcar no vôo da escuridão.
  
  Lá fora Frederico e Henrique observavam a Rosa Dourada em chamas.
  Frederico chorava pela perda de sua amada. Ele virou-se para Henrique e disse:
  -Você salvou a minha vida! Como posso te agradecer? cv
  Henrique com os olhos cheios de uma teatral tristeza, respondeu:
  -Imagina. Fiz isso porque sou seu amigo. Agora nós teremos que nos reerguer e começar uma nova vida.
  Uma nova vida, Uma nova vida, Uma nova Vida. Essas frases ecoaram por duas almas perdidas no inferno dançando pela fumaça e implorando por perdão.

Um comentário:

Mari disse...

Gostei muito!! Suas palavras ganharam vida. Sentimentos tão humanos quanto ambição e amor podem fazer um bem incrível ou podem ser altamente destrutivos.
O amor é assustador e, com certeza, pode matar!

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