11 de mai. de 2012

Candelabro


As velas se acendem
No dourado candelabro
Meu quarto se ilumina
Num tom meio macabro

Na cama me contorço
Numa insensata apreensão
É o medo que me atinge
Que me da alucinação

Não sei o que é real
Só vejo a maldade
Meus olhos me enganam
Tirando-me a verdade

O homem com a foice
Tortura a minha mente
O delírio vem á noite
Com a agonia que se sente

Meu corpo é rasgado
Com gritos de desespero
Amarrado a solidão
Do intenso nevoeiro

Meu corpo é içado
Espancado sem piedade
Pelado, fico sangrando
Um jogo de crueldade

Sou tratado como um bicho,
Como um verme sem valor
Uma pessoa irracional
Que parece não ter dor

Ele lambe a minha pele
Vestido num capuz
Sua língua me causa nojo
Rezo aos céus por uma luz

Ele passa a sua faca
Pela borda dos meus lábios
É quando a tempestade chega
Apresentando os seus raios

As velas se apagam
A morte se aproxima
O inferno esta mais perto
Não me leva para cima

O candelabro invisível
Faz voltar o ser carnal
Eu penso por um instante
Se isso tudo é irreal

A vida não se apaga
Infiltrado na solidão
Eu clamo pela morte
E meu pedido é em vão!

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